Uma editora contratou a sua dupla para localizar os títulos dos livros que adquiriu recentemente, visando o fortalecimento da marca no ramo editorial e impulsionar as vendas de seus produtos. Os contratados, além de apresentar os títulos em português, devem atribuí-los a um público-alvo de consumidores específicos e justificar suas escolhas.
(Máximo de 100 palavras por título+justificativa).
Vencem as cinco duplas que enviarem os títulos com as justificativas que mais agradarem à comissão julgadora. Boa sorte!
As BA-RIO Dobrado: “Crianças superdotadas: como elevar o QI com a ajuda da alimentação”.
A preocupação com o desenvolvimento intelectual das crianças tem motivado a realização de diversos estudos e, neste livro, o autor Lewis Burke Frumkes compilou as publicações mais recentes sobre o impacto da alimentação saudável na formação das conexões neurais e no aprendizado desde a infância. Público-alvo: profissionais de saúde, pais e pessoas interessadas no tema”
A-Forces: “Eleve seu Q.I. consumindo (de) crianças superdotadas”.
Crianças que se acham (e por vezes, realmente o são) as mais inteligentes do mundo irritam muita gente, pois isso este manual técnico vai ensinar adultas e adultos a como lidar e se utilizar da arte milenar da transferência mental para tomarem para si (parte de) o conhecimento e se tornarem mais inteligentes. Um atalho fácil, simples e indolor para o sucesso. Público-alvo: pessoas com mais de 30 anos que não aguentam crianças “sabichonas” sendo mais inteligentes que elas.
Gii’n’Kelli: Escrito por canibais que colaboraram com o roteiro do filme Náufrago, essa edição exclusiva do livro “A marmita infantil e o espetinho: como ficar mais espertinho”, que, coincidentemente, saiu na época do Halloween, fala das partes do corpo que nos fornecem mais nutrientes. Anthony Hopkins e Mads Mikkelsen também compartilharam suas ideias sobre o gosto e a textura do cérebro. Eles recomendam provar o livro… e cérebro!
Traduza-me se for capaz: “Como aumentar o seu QI comendo mortadela e saber o mínimo para não ser um idiota”. Um livro para os patriotas que desfilam com camisa da CBF e idolatram supostos filósofos-astrólogos ou astrólogos-filósofos. O título faz referência ao apocalipse zumbi verde e amarelo que assola o Brasil, no intuito de tentar conscientizar criaturas quase anencéfalas e tirar o país da lama.
Chimpanzé e Babuína: “Como seu filho pode aumentar o QI: Por uma alimentação saudável”.
O título usa a técnica de “how to” dos livros de autoajuda para chamar a atenção dos pais que querem ter filhos mais inteligentes e, ao mesmo tempo, incentivá-los a comer de tudo um pouco, com o fim de serem mais saudáveis. Público-alvo: pais de crianças e adolescentes.
As Luluzinhas: “Aumente seu QI: a bruxa de João e Maria e a história nunca contada”.
Primeiramente, um subtítulo porque brasileiro adora. Esta obra é direcionada ao público jovem — morador de um loft em bairro nobre com chão de taco, um gato e 10 vasos de planta — frustrado que está buscando na regressão à sua criança interior a solução de toda sua incapacidade intelectual.
Ipsis e Litteris: “Guia Prático do Preparo da Carne Especial: Receita para Aumentar a Inteligência”
Justificativa: Autoajuda. Estudos recentes mostraram que, devido a pandemia, os isolados sentiram cada vez mais a necessidade de se alimentarem melhor como forma de aumentar a inteligência. Junto a isso, carnes de uma produção especial foram acrescentadas ao guia da nutrição neurológica mostrando aos isolados que, há sim, uma forma de ficar mais inteligente.”
At least we tried… sort of: “Como aumentar Q.I. comendo crianças sobredotadas”.
Sátiras divertidas para quem desejar para mentes inteligentes. Seja jovem ou velha.
Cozinha Tradutória: “Quanto mais esperto melhor: como uma dieta a base de pequenos gênios pode aumentar seu Q.I.”
Os canibais estão cansados de serem discriminados pelo seu lifestyle. Autores canibais querem provar ao mundo que são pessoas sensatas e que comer gente não é sinônimo de selvageria. Público-alvo: canibais
Desce um Shot Change Aí: Título: “Como Atinjo a Elevação? Como uma Criança”
Público-alvo: padres em busca de elevação espiritual com um paladar… infantil. Justificativa: “Venham a mim as criancinhas”, já dizia o grande Mestre. Agora eu vou pro Inferno de vez.
G.I. Ju: “Como Aumentar Seu Q.I. Comendo Superdotados”
Público-alvo: para quem quer matar a fome e, também, ficar mais inteligente.
Double Trouble: “Come que a mamãe fica contente, para ficar mais forte e inteligente”
Dizem que comer é o melhor para poder crescer. O problema é que, ao ouvir o termo “comer”, a geração cringe pensa em uma coisa, e a geração Tik Tok em outra. O livro aborda como as gerações podem alimentar as mentes umas das outras, e como isso pode contribuir para que ambas entendam as diferentes realidades em que foram (e ainda são) criadas. A escolha do título resgata uma clássica canção infantil, além de fazer referência ao aumento da inteligência por meio da alimentação.
A Química Literária: “Fricassê de CDF e outras receitas — fique mais inteligente sem estudar”
Este livro vai agradar a todos que mataram aula quando eram crianças, que nunca quiseram ser inteligentes, mas agora precisam se esforçar porque o desemprego está batendo à porta. Faça essas receitas e vire um gênio da noite para o dia!
Agregados Antenados: “Como aumentar o Q.I. através da alimentação e ter crianças geniais”
O Quociente de Inteligência (QI) é aumentado quando as crianças comem melhor e os sintomas do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) são reduzidos. Os pais têm mais motivos para convencer os seus filhos a comer uma dieta saudável com frutas, verduras e legumes. Escolhas saudáveis de alimentação devem fazer parte do desenvolvimento, melhorando o desempenho escolar e ajudando a manter um peso saudável!
Ligeiras e Invocadas: “Como aumentar seu QI lanchando (com) crianças superdotadas”.
Feito para quem gosta de cozinhar com crianças, seja como ajudantes, seja como ingredientes.
As BA-RIO Dobrado: “Os segredos do livro sem nome”.
Revelar os mistérios da existência e da vida além da morte poderia custar-lhe a vida, portanto, quem escreveu este livro preferiu se manter no anonimato. Esta obra levanta hipóteses e propõe respostas para questionamentos de pensadores, religiosos e cientistas de todas as épocas. Público-alvo: estudiosos e entusiastas da filosofia, sociologia, metafísica e religião; público em geral”
A-Forces: “Desconhecido”.
Público-alvo: a partir de 25 anos, pessoas que gostam de livros sobre mistério, policial. Esse livro já traz uma sensação de mistério só pelo nome em espanhol e o nome em português também deixa o leitor curioso para saber o que está escrito dentro do livro, quais tramas intrigantes e mistérios ele poderá descobrir ao ler.
Gii’n’Kelli: Baseado nos programas do Sílvio Santos “Qual é a música”, o novo livro de Desconhecido, “Qual é nome”, traz os nomes mais famosos de bebês. Funciona como se fosse um caça ao tesouro: invés de receber uma nota, como no programa do Sílvio Santos, o livro te dá a primeira sílaba de um nome famoso. Daí, desvendando o mistério das perguntas, você tem que descobrir qual a segunda sílaba e assim por diante, até chegar no nome do bebê. Vale a pena tentar! Não é difícil! (e nem divertido).
Traduza-me se for capaz: “Aquele livro lá que não lembro o nome”. Para pessoas esquecidas e com lapsos de memória. O título valoriza a inclusão e faz referência a…(pera, esqueci)
Chimpanzé e Babuína: “O livro sem título”.
Público-alvo: Esta obra, que já começa misteriosa pelo próprio título e pela (ausência de) autoria, tem potencial para ser sucesso entre os leitores de mistério e suspense, que se verão estimulados pelo metarromance a descobrir justamente as obscuras e enigmáticas razões pelas quais o livro não pode ter um nome e seu autor deve permanecer anônimo.”
As Luluzinhas: “Etc e tal”.
Este livro é dedicado ao público da melhor idade que, após uma vida inteira lendo “etc” em vários textos sem conseguir imaginar o que seriam essas outras coisas mais, busca enfim uma solução para essa dúvida antes de passar desta para uma melhor e etc.
Ipsis e Litteris: “O Livro A Ser Escrito – Autor: VOCÊ!”
Justificativa: Motivacional. Estudantes de Letras e outros gostam da ideia de escreverem um livro. Seria um livro em branco à espera de seu autor. Poderia ser também um incentivo a se escrever um diário, relatando o desenvolvimento de projeto de crescimento pessoal.
At least we tried… sort of: “Livro sem título”.
Referência ao perdonagem de westerns protagonizado por Clint Eastwood conhecido por “o estranho sem nome” ou “o pistoleiro sem nome”. Um western moderno para homens de 50 anos ou mais, que cresceram sob influência dos westerns americanos.
Cozinha Tradutória: “Aquele que não deve ser intitulado”.
Não há nada mais cansativo do que ser constantemente inserido em caixas definidas pela sociedade. A obra em questão traz uma nova luz à fuga dos rótulos e determinações sociais. Público-alvo: pessoas em busca de autoajuda.
Desce um Shot Change Aí: Público-alvo: Pessoas esquecidas, que não lembram os nomes das coisas. Título: “Aquele Livro Lá”.
Justificativa: Elas nunca mais vão se esquecer do título, mas citações serão um problema.
G.I. Ju: “Não Leia Esse Livro”
Público-alvo: Curiosos
Double Trouble: “O Livro Inacreditável”
Um livro para quem não tem medo de nada. Um livro para quem acha que já viu de tudo nessa vida. É, meus amigos, vocês ainda não viram de tudo. Ao passear por essas páginas, é melhor que marquem um ortodontista, porque o queixo de vocês vai cair e não vai se levantar mais. Um livro escrito para os mais experientes, para os mais maduros, para os mais céticos. Ninguém vai acreditar se contar que o leu, porque é simplesmente inacreditável.
A Química Literária: “O livro sem nome e sem nada”.
Este livro é indicado para todas as pessoas com um vazio existencial. No cérebro. As páginas em branco são o caminho para os dois neurônios que restaram no seu corpo (ainda tem corpo?) se unirem e fazerem uma revolução. Talvez você até consiga que eles se reproduzam e criem vários neuroniozinhos que podem vir a ser a fonte da sua (mísera) inteligência.
Agregados Antenados: “O livro sem nome – Anônimo”.
Não julgue o livro pela capa. Melhor ser um livro anônimo do bem do que um livro bem conhecido e do mal porque poucos podem entender, alguns podem gostar, escassos podem detestar, raros podem aprender, abundantes podem refletir, muitos podem abominar e raros podem alcançar a verdadeira essência do folhoso alfarrábio. Respire fundo e siga em frente, ainda tem muito mundo!
Ligeiras e Invocadas: Sem título, escrito pelo famoso “Autor Desconhecido”.
O público alvo é composto por usuários ávidos de Facebook, que leem e postam frases motivacionais, poemas e textos diariamente. O “Autor Desconhecido” precisa estar em destaque, pois seu nome tem peso e trará identificação.
As BA-RIO Dobrado: “A revolução Zen dos gases”.
Após anos praticando a meditação em busca do equilíbrio, o mestre Zen Reepah Gud Wan revela neste livro a técnica de purificação capaz de expelir toda a toxicidade que aflige a corpo e a alma humana. As lições distribuídas em doze capítulos curtos propõem uma experiência sensorial de tirar o fôlego que pode alterar para sempre a percepção do mundo. Público-alvo: praticantes de meditação e pessoas interessadas no tema.
A-Forces: “De tirar o fôlego! A Arte Zen da Nobre Flatulência Existencial”.
(Público-alvo: a partir de 18 anos; pessoas que buscam no minimalismo e simplicidade a verdadeira essência floral da vida). Através desse título potente, busca-se metaforicamente explicar como as coisas, a priori, desagradáveis do cotidiano trazem grandes reflexões de caráter etérico para a iluminação espiritual; é ao trazer a “morte” dos sentidos (como o nome do próprio mestre, “RIP Good One”) que consegue-se inalar a essência verdadeira.
Gii’n’Kelli: “A paz do peido” é um livro de prender a respiração!
Com este estrondoso guia corporativo, você aprende a treinar seu intestino para não ter que passar por aqueles momentos angustiantes no meio de uma reunião importante, só porque resolveu comer aquela comida mexicana do carrinho do tio da esquina. Venha sentir a essência desse livro e mude sua vida profissional!
Traduza-me se for capaz: “Dê gratiluz à sua flatulência: um incenso natural de tirar o fôlego”.
Um livro para que os adeptos da positividade, espiritualidade e digestão tóxicas experimentem na prática as bad vibes de sua falta de consciência social.
Chimpanzé e Babuína: “Fiquei sem ar e sem chão! A arte de peidar para desestressar”
Público-alvo: marmanjes que queiram comprovar que os peidinhos são inocentes, tadinhos. A tradução do comentário do leitor procurou fazer um trocadilho parecido com o do inglês. E o título lembra outros livros celebrados, como “A arte da guerra”. Achamos que esse livro será campeão de vendas (ou peidos).
As Luluzinhas: “Prenda-me se for capaz! A arte do peido zen”
Este livro é para todos aqueles que desejam desvendar as nuances olfativas do mistério milenar: por que o peido alheio é mais fedido que o seu.
Ipsis e Litteris: “A Arte Zen De Eliminar Maus Odores”
Justificativa: Autoajuda. Aprenda a aromatizar seu ambiente, eliminando o mau cheiro causado pelo estresse.
At least we tried… sort of: “De tirar o fôlego! A arte zen de peidar”
Escrito para jovens iniciantes no zen-budismo que poderão aprender os preceitos dessa filosofia através de metáforas cotidianas e concretas.
Cozinha Tradutória: “O Peido e o Silêncio”
Na busca pelo peido silencioso, o praticante atinge o estado de nirvana pela liberação de flatulências totalmente silenciosas, que permitem um enorme relaxamento e contato com o mundo interior. Público-alvo: crianças, adultos da quinta série B e pessoas com síndrome do intestino irritado.
Desce um Shot Change Aí: Medi-tano – A Arte da Meditação Flatulenta.
Público-alvo: pessoas que têm problemas de flatulência nervosa. Justificativa: as pessoas vão aprender a utilizar técnicas para se acalmarem e controlarem a emissão de gases na atmosfera.
G.I. Ju: “O Zen da Flatulência”
Público-alvo: Todos aqueles que desejam um estilo de vida livre de constrangimentos intestinais.
Double Trouble: “Aroma dos Deuses”
Destinado aos casais que buscam equilíbrio no relacionamento, principalmente quando há o sentimento de perda de intimidade. Com explicações e diversos exemplos, o livro passa por diversas etapas da vida a dois, demonstrando que compartilhar um futum pode resgatar o âmago do que estava a ponto de se exaurir. O título expressa a ideia de que cheiros resgatam memórias afetivas e podem trazer momentos divinos de paz.
A Química Literária: “O zen e a arte da mão amarela”.
Um livro de tirar o fôlego, indicado para todos aqueles que sentem o urubu bicar a cueca. O monge bundista ensina a pum-derar com consciência e iluminar o mundo. Se você acha que gases inflamáveis podem ser o caminho para a iluminação, este livro é para você! Solte seus puns livremente e fique zen. Ar.
Agregados Antenados: “De tirar o fôlego! A arte de paralisar a respiração: a arte da ventosidade”
Um adulto produz uma média de 1 litro de gases diariamente, eliminados em até 20 flatulências. Nunca segure os seus porque estudos revelam que eles sobem pela coluna, chegam ao cérebro e resultam no que está dentro da maioria das mentes humanas. Deixe-os livres como os ventos, mexa-se aí no seu assento.
Ligeiras e Invocadas: “A arte de peidar com tranquilidade”, seguindo a linha de livros como “A arte de fazer acontecer”. Nosso foco são leigos no assunto. O título pode despertar a curiosidade para este tema tão relevante, mas ainda desconhecido.
As BA-RIO Dobrado: “Fábulas para alcançar a riqueza sem esforço”.
Este best-seller da Editora Diamante reúne contos escritos em linguagem simples e envolvente que sintetizam os ensinamentos dos campeões de vendas nos segmentos de autoajuda e desenvolvimento pessoal. Público-alvo: empreendedores e executivos em busca de respostas rápidas e fórmulas prontas”
A-Forces: “A JUVENTUDE EM ÊXTASE do Pai Rico Pai Pobre que ROUBOU O QUEIJO DA PRINCESA QUE ACREDITAVA EM CONTOS DE FADAS COM A AJUDA DO CAVALEIRO DA ARMADURA ENFERRUJADA EM PLENO crepúsculo (e outros contos de cavaleiros templários).”
(Público-alvo: todas as idades). Esse é aquele livro 6 em 1. Todas as histórias, desde romance, passando pelo financeiro, auto ajuda até chegar em uma história de vampiros. Assim como vários títulos traduzidos literalmente como “Harry Potter” e “Crepúsculo”, escolhemos deixar esse nome.
Gii’n’Kelli: “A juventude em êxtase com o pai rico e o pai pobre roubando o queijo da princesa que acreditava em contos de fadas com ajuda do cavaleiro da armadura enferrujada em pleno crepúsculo (e outros contos de cavaleiros templários)” é o presente perfeito para aquele seu amigo que curte as viagens mais alucinantes que a experiência humana transcendental pode proporcionar. “O livro traz uma mensagem doce como um chá mágico”, afirmou o grande ator Michael Douglas. Aconselhamos um lanchinho de Cheetos com feijão para acompanhar a leitura.
Traduza-me se for capaz: “Como pegar todos os livros dos quais você só leu o resumo, encher linguiça e vender milhares de cópias se passando por um sábio coach de autoajuda”.
Um livro para futuros coaches (cóf cóf cóf) que pretendem ficar ricos sem preparo algum.
Chimpanzé e Babuína: “A juventude transviada do pai rico, pai pobre, que mexeu no queijo da princesa que escolhia o cavaleiro da armadura enferrujada em pleno crepúsculo (e outras histórias)”.
Público-alvo: Consumidores de best-sellers. Esta paródia de várias obras que figuraram (e com frequência ainda figuram) nas listas de livros mais vendidos do mundo todo terá êxito garantido entre os leitores ávidos pelas obras de maior sucesso. Com irreverência e bom humor, esses leitores vão poder dar boas gargalhadas e até rir de si mesmos junto com as obras parodiadas, que vão além das do título.
As Luluzinhas: “Alimente-se de princesas, cavaleiros, queijos e toda a sabedoria de vampiros para a verdadeira felicidade duradoura.
Aventura épica que busca reunir todas as tribos de uma vez por todas, em uma viagem de autoconhecimento em estradas capengas e sorrisos chorados, encontre o caminho para o pôr do sol na praia.
Ipsis e Litteris: “Nada faz sentido nesse livro”.
Justificativa: Mistura de Ficção e Autoajuda. Trouxemos essa mistura de ideias de romance medieval na Terra do Nunca com a rotina silenciosa de um seminário ao anoitecer para exemplificar todas as loucuras do mercado financeiro.
At least we tried… sort of: “A juventude em êxtase do pai rico, pai pobre que roubou o queijo de uma princesa que acreditava em contos de fadas com a ajuda do cavaleiro da armadura enferrujada em pleno crepúsculo e outros contos de cavaleiros templários”.
Um livro voltado para o público jovem, ou não, que busca conselhos de auto-ajuda ou de fanfics populares, ou não. Nesse mix literário, cada página é uma surpresa! Para os amantes de Julio Cortazar ou de qualquer outro autor.
Cozinha Tradutória: “Deu a louca na editora: literatura do século XXI em tempos de feats, mashups e colabs”.
Não sabe por onde começar a se inteirar pela literatura? Pois aqui você poderá em uma única experimentar um pouco de tudo o que foi publicado nos últimos anos. Desfrute da sutil arte de tocar os clássicos. Público-alvo: leitores apressados em busca de assunto para as rodas de boteco pós-pandemia.
Desce um Shot Change Aí: “Não Seja Cringe. Aprenda a Ler em 21 Dias.”
Público-alvo: Geração Z, que se diz intelectual, mas só lê essas porcarias aí. Justificativa: Essa estratégia de marketing costuma funcionar bem, ao menos no mercado da tradução.
G.I. Ju: “A Juventude em Êxtase do Pai Rico e do Pai Pobre que Roubou seu Queijo, da Princesa que Acreditava em Contos de Fadas com a Ajuda do Cavaleiro de Armadura Enferrujada em Pleno Crepúsculo (E Outros Contos de Cavaleiros Templários)”
Público-alvo: Muitas histórias em uma! Para quem não tem tempo a perder lendo milhões de livros!
Double Trouble: “A juventude no grau do pai que tá on que caiu numa cilada num sábado de sol após ter alugado um caminhão pra levar a galera pra comer feijão, mas sobreviveu graças ao seu jeito felino (E outras barras difíceis de segurar)”.
Destinado às pessoas com espírito de aventura, que não hesitam diante do improvável e afirmam que só se vive uma vez. O título representa a juventude de diversas gerações através de clássicos da cultura brasileira e propõe que, por mais complicada que seja a situação, é possível dar a volta por cima e recomeçar.
A Química Literária: “Insira aqui os títulos de sua preferência — a união de TODOS os livros de autoajuda num só”.
Tá pobre? Seu emprego só te explora? Sentindo que a velhice se aproxima? Sua armadura está mole? Vampiros atacaram sua casa? Mexeram no seu queijo? Este livro é imprescindível para quem quer a controlar as finanças, ser eternamente jovem, cuidar da armadura para mantê-la dura e brilhosa, evitar vampiros e deixar seu queijo em paz!”
Agregados Antenados: “A Juventude em Êxtase do Pai Rico, Pai Pobre que Roubou o seu Queijo para a Princesa que Acreditava em Contos de Fadas com a Ajuda do Cavaleiro da Armadura Enferrujada em Pleno Crepúsculo e outros Contos dos Cavaleiros Templários.”
Pessoas não são descartáveis, então seja mais consciente e aproxime-se de quem você tem certeza de que quer por perto! Admire cavaleiros e cavalheiros, mulheres e damas, desde que tenham mentes altivas, almas nobres e corações briosos.
Ligeiras e Invocadas: “A princesa sem queijo e o cavaleiro da armadura enferrujada”.
Tínhamos a opção de manter as referências aos livros originais, mas todo mundo sabe que brasileiro não gosta de ler textão. Pensando em consumidores de comédias românticas, acreditamos que “o meio” do título possa chamar atenção. Sugerimos que a capa contenha o Edward do Crepúsculo numa armadura.
As BA-RIO Dobrado: “Brincando com as bolas do leão – aventuras surpreendentes na selva africana”
Neste livro escrito pela consagrada autora Melissa Haynes, um grupo de jovens vai para a África em busca de adrenalina e, divididos em pares, encaram os perigos da savana para executar aquela que julgam ser a missão mais perigosa de todos os tempos: arrancar os testículos do rei das selvas com as próprias mãos. Público-alvo: adolescentes e adultos fãs de aventura.
A-Forces: “Leões e suas nozes africanas”.
(Público-alvo: a partir de 18 anos). Um livro para quem gosta de se aventurar na África e quer testar toda a coragem e adrenalina da vida. Mas que também queira aprender mais sobre esses magníficos animais e onde eles vivem.
Gii’n’Kelli: “Aprenda a brincar com as bolas do leão – Presentes inesperados dos animais da África” descreve uma aventura vivida por exploradores corajosos e pansexuais. Descubra por que as bolas do leão são tão importantes para a evolução humana e aproveite o cupom de 20% de desconto numa viagem para a África com esses intrépidos viajantes. O continente oferece os presentes mais anatômicos do mundo! É uma viagem única, que você nunca mais vai esquecer.
Traduza-me se for capaz: “Como brincar com as bolas do presidente da República: lições valiosas do gado do Brasil”.
Um livro para os ainda defensores do atual governo do país. O título faz referência ao brejo do qual o Brasil não consegue sair e ao gado cego que não se incomoda, já que faz questão de se manter no seu habitat natural.
Chimpanzé e Babuína: “Como encontrar o leão que existe em você”.
Público-alvo: Mais um título de autoajuda, dessa vez para os homens hétero brancos cis de classe média que têm um ego do tamanho de um bonde, mas que acham que tem baixa autoestima. Colocar “testículos” no título não seria atraente para nenhum leitor, então optamos por nos concentrar no que a imagem mostra, o leão em si.
As Luluzinhas: “Rápido e devagar: duas formas de brincar com as bolas de um leão”.
Guia prático que revela uma viagem pela mente humana e explica duas formas, uma rápida, intuitiva e emocional, e outra mais lenta, deliberativa e lógica de brincar com as bolas de um leão. O público-alvo são jovens que sabem onde querem chegar e não tem medo de cutucar um leão com vara curta.
Ipsis e Litteris: “Aprenda A Preparar Ostras Das Montanhas Africanas! – Delícias inusitadas da África”.
Justificativa: Mercado Gourmet. Uma clara referência às Ostras das Montanhas Rochosas – referem-se a testículos de touro, prato muito apreciado nos EUA, principalmente na região de Montana.
At least we tried… sort of: “Divirta-se com os testículos dos leões (Contribuições surpreendentes dos animais africanos)”.
Um livro para mulheres de todas as idades que queiram aprender a lidar com leveza com o mundo masculino e selvagem em que vivemos. O título remete à ideia de diversão e brincadeira com algo visto como selvagem e feroz, uma metáfora perfeita ao mundo machista em que vivemos.
Cozinha Tradutória: “Quem mexeu nas minhas bolas? Um guia para o autocuidado entre leões”.
O Rei da Selva como você nunca viu. Um livro que promete derrubar tabus e abrir as portas do prazer para milhões de leões frustrados e abalados pela responsabilidade constante de procriar. Público-alvo: leões (e leoas interessadas em apimentar a relação).
Desce um Shot Change Aí: “Aprenda a Mexer no Saco do Leão”.
Público-alvo: Só pessoas de culhão são capazes de lê-lo. Justificativa: Um livro para desenvolver sua coragem interior. Acompanha um saco de brinde.
G.I. Ju: “Aprenda a Ir Beber Água com a Onça”
Público-alvo: Quem deseja enfrentar seus medos e, ao mesmo tempo, conhecer animais selvagens. A hora é agora! É hora de a onça beber água!
Double Trouble: “Mais ou menos é cu de leão”.
Mais ou menos é cu de leão, porque ninguém nunca chegará perto de um para medir. Esse guia é destinado a todos os aventureiros dispostos a explorar as savanas africanas. Aqui você encontrará tudo o que deve e o que não deve fazer enquanto estiver nos lares selvagens do continente africano. Para biólogos, este livro também é um complemento para roteiro de pesquisas de campo. Os leões amam os desavisados, os elefantes querem pisotear os distraídos e as zebras, morder os destemidos. Mas seguindo nossas dicas, você ficará bem seguro contra eles!
A Química Literária: “A arte de brincar com as bolas dos leões”.
Ao andar pela África, nossa repórter esbarrou em nativos que vivem de apostar quem consegue brincar por mais tempo com as bolas dos leões. Sem pisar na bola. A repórter, então, resolveu estudar essa fantástica arte lúdica e conta tudo nesse livro incrível. Perfeito para pessoas que não aguentam mais pisar em ovos.
Agregados Antenados: “Cutucando a arara com a vara curta. Histórias inesperadas ao lidar com aves brasileiras”.
Um provérbio brasileiro comum pra dizer que não se pode mexer com algo se não estiver preparado, senão pode acontecer uma besteira, adaptado para um animal bem conhecido no Brasil. Araras são animais conhecidos por um comportamento agressivo quando se veem ameaçadas em seu território. Não queira cutucá-las com a vara curta, podem ser pior do que onça!
Ligeiras e Invocadas: “Como manusear os testículos de um leão: um guia prático”. Tagline: Você vai se surpreender.
Nosso foco são os consumidores leigos no quesito de apalpar testículos de leões. No entanto, a tagline “você vai surpreender” causará curiosidade até nos mais entusiastas.